sábado, 4 de dezembro de 2010

Tudo o que não se regenera acaba se degenerando.

- Tudo o que se encontra em estado nascente é apaixonante: um amor, uma revolução, uma infância. Mas tudo tende também a degenerar, a enrijecer, a esclerosar-se, a degradar-se, a morrer. Ora, a grande lição que a organização viva nos dá é que ela é capaz de regenerar-se trocando as moléculas e as células do corpo que se degradam por moléculas e células que o regeneram. De onde a verdade do "viver de morte, morrer de vida", de Heráclito. Um amor duradouro é um amor sem cessar re-nascente, que continuamente reencontra o enamoramento.


- Para manter uma conquista, é preciso regenerá-la sem parar. Para cada um e para todos, para si mesmo e para o outro, no amor, na amizade, no avanço da idade, é necessária a regeneração permanente. "Quem não está (ocupado) nascendo está (ocupado) morrendo", canta Bob Dylan. É uma das mais importantes lições que eu extraí dos 32 anos de trabalho e de esforço necessários para O Método. Para progredir, é necessário reencontrar a fonte regeneradora. Ela está em cada um de nós, como estão em cada um de nós – faz pouco tempo que temos conhecimento disso – as células tronco capazes de regenerar nossos órgãos, mas que ainda não sabemos utilizar. Nós possuímos em nós mesmos, não a fonte da vida eterna, mas a força da juventude. Isto, mesmo na idade madura, o que muitos, adulterados antes da idade, ignoram. Garcia Márquez observava: "não digam que vocês não se apaixonam mais porque estão velhos, digam que vocês estão velhos porque não se apaixonam mais". A fonte da juventude chama-se amor.
Edgar Morin, autor de O Método.


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