sábado, 23 de abril de 2011

Como transformar um problema numa solução? 7 - Pérolas

A ostra ferida e curada é que produz a pérola
Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas...
As pérolas são feridas curadas, pérolas são produtos da dor, resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia.
A parte interna da concha de uma ostra é uma substância lustrosa chamada nácar. Quando um grão de areia a penetra, as células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra.
Como resultado, uma linda pérola é formada. Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada...
Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de um amigo?
Já foi acusado de ter dito coisas que não disse?
Suas idéias já foram rejeitadas, ou mal interpretadas?
Você já sofreu os duros golpes do preconceito?
Já recebeu o troco da indiferença?
Então, produza uma pérola !!!
Cubra suas mágoas com várias camadas de amor.
Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam por esse tipo de movimento. A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, deixando as feridas abertas, alimentando-as com vários tipos de sentimentos pequenos e, portanto, não permitindo que cicatrizem.
Assim, na prática, o que vemos são muitas "Ostras" Vazias, não porque não tenham sido feridas, mas porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor.
Um sorriso fala mais que mil palavras...

Publicado no Blog MonsenhorHorta

Pérolas Raras - Imagem do Site Abril

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Quando o método é esquecer o método

Em entrevista concedida em fevereiro deste ano, Fernando Meirelles mencionou a importância dos atores para um trabalho como "360", seu novo filme:
É um filme para atores e eu adoro vê-los e fazê-los trabalhar.  Quando há papéis onde os personagens estão cercados por ação ou dentro de uma trama cabulosa, é mais fácil enganar. Neste caso,  um filme sobre pequenas nuances dos nossos sentimentos, acho que dependo muito mais de performances brilhantes, disse na ocasião.
- Dirigir este filme não será muito diferente de dirigir um táxi,  já  percebi. A cada dia embarca  um novo passageiro com um destino diferente.
Segunda-feira foi a vez do ator alemão Moritz Bleibtreu entrar no barco. Tenho enorme interesse em saber qual estrada cada ator pega para entregar sua encomenda. Gosto do assunto não só para saber como tocá-los, mas também pelo prazer de observar quão maleável e flexível pode ser a mente humana.
Caminhos absolutamente opostos podem levar a um mesmo lugar. Apesar de ter um passado selvagem, Moritz é alemão e tem método, mas não o Method - este ele desconsidera. Seu caminho é outro: primeiro procura ter cada palavra dos seus diálogos completamente decorada a ponto de não precisar pensar nelas na hora em que a câmera estiver rodando. No set gasta um tempo prestando atenção e estudando cada movimento que fará, garantindo ao montador a possibilidade de cortá-lo em qualquer sílaba sem risco de ter um garfo ainda na boca ou uma virada de cabeça que não estará no take seguinte. Como uma  máquina bem regulada, com tudo que ele precisa dizer ou fazer no piloto automático, ele pode esquecer sua própria atuação, prestar atenção no que o ator com quem está contracenando está dizendo e, assim,  viver a experiência que está escrita no roteiro. De fato, nós não pensamos em nossas expressões, entonação ou sentimentos ao falar e interagir. É esse desprendimento que ele busca ao tentar automatizar e assim poder esquecer o que tem que fazer.
Getty Images

Essa maneira de se construir um personagem, de fora para dentro, pode soar antiga. Foi justamente em contraposição a essa maneira de atuar que Stanislavsky, nos anos 1930, desenvolveu seu sistema, que acabou sendo reestruturado por Lee Strasberg no Actors Studio, onde ganhou o nome de Method Acting. Dei muita risada ao ouvir o Moritz falar do Method que, para ele, é mais uma obsessão norte-americana em dar nomes às coisas e de criar um marketing, do que algo que ajude os atores a interpretar de fato.  'Para quê eu preciso saber quem é a avó do personagem se ele está apenas num jantar de trabalho?'
Moritz trabalhou com bons atores que usam o Method e disse que nunca se sentiu tão sozinho em cena.  Esses atores, diz, passam tanto tempo  focados em buscar suas memórias afetivas, a inventar uma história  pregressa para seus personagens, a tentar se transformar no  personagem que simplesmente se fecham naquele mundo e esquecem que existem outros atores em cena e uma história para ser contada. Na câmera, diz, a coisa funciona, mas para o ator que está ali contracenando é como se não  houvesse ninguém do outro lado, é como contracenar com um autista de onde não vem nada. Ele mesmo passou um tempo em Nova York aprendendo a trabalhar por este caminho, mas não se adaptou e abandonou o curso.
Fora o prazer de ouvir esta provocação, sempre achei que o difícil  numa atuação não é falar mas sim saber escutar o outro, pegar o que veio e devolver com alguma coisa a mais e assim ir construindo a  cena,levando-a para lugares onde só ali, com a câmera rodando,  é possível descobrir. Para uma cena ficar boa, ela precisa que todos os  envolvidos estejam atentos e sensíveis para deixar que cozinhe um pouco no calor daquele momento entre o ação e o corta.  É ali que brotam os sabores.   Se eu fosse norte americano  eu criaria um método chamado  "Cooking  Acting" e ficaria rico.

 Por não estar filmando em  sua própria língua essas mudanças se tornam mais difíceis, imagino.  De qualquer maneira, no final da cena, que é também o final do filme, Moritz entregou uma performance tão simples mas tão extraordinária que minha insegurança em relação àquele final se evaporou. Em silêncio, apenas com os olhos, o alemão colocou um ponto final em '360', como se me entregasse um presente.  Esta eu vou ficar devendo.


Leia a entrevista inteira no UOL

sábado, 16 de abril de 2011

Ser feliz ou ter razão?

Oito da noite numa avenida movimentada.
O casal já esta atrasado para jantar na casa de alguns amigos.
O endereço é novo, assim como o caminho, que ela conferiu no mapa antes de sair.
Ele dirige o carro.
Ela o orienta e pede para que vire na próxima rua à esquerda.
Ele tem certeza de que é à direita.
Discutem. Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal humorados, ela deixa que ele decida.
Ele vira a direita e percebe que estava errado.
Ainda com dificuldade, ele admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno.
Ela sorri e diz que não há problema algum em chegar alguns minutos mais tarde.
Mas ele ainda quer saber: Se você tinha tanta certeza de que eu estava tomando o caminho errado, deveria insistir um pouco mais.
E ela diz: 

- Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos a beira de uma briga, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite.

Essa pequena história foi contada por uma empresária durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independente de tê-la ou não.
Quero ser feliz ou ter razão?

Postado no site Metaforas


Foto de Pascal Renoux, publicada no Aliciante.

sábado, 9 de abril de 2011

sábado, 2 de abril de 2011

Compre nos dias poluídos, venda na alta...

Estudo sobre comportamento dos investidores na Bolsa de N.York divulgado no Journal of Economic Psychology constata que a aversão ao risco aumenta nos dias de ar poluído, gerando uma nova estratégia de lucro.
Foto do site Curious Lee

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