Atualizando* informação científica sobre o tema. Em resumo:
- Nossa ilusão de que vegetais não se comunicam e não têm mecanismos sofisticados para resistir à morte se deve ao fato de eles se comunicarem não por sons ou gestos, mas por meio de moléculas químicas, cheiros e hormônios que muitas vezes sinalizam seu desconforto ou tentam repelir ataques. Recentemente foi elucidada a sofisticada comunicação entre uma couve-de-bruxelas, uma borboleta que adora devorar suas folhas e uma vespa que se alimenta das larvas da borboleta.
- O sistema é bastante sofisticado: a planta "percebe" que os ovos foram depositados e "espera" dois dias antes de emitir o cheiro que atrai as vespas. Essa espera se deve ao fato de os ovos da borboleta só poderem ser infectados pela vespa após começarem a se desenvolver, o que leva dois dias. A conclusão é que a couve "sabe" que corre risco de ser devorada, mas, sem mãos para remover os ovos, desenvolveu um método para atrair o inimigo de seu inimigo.
Fonte: Estadão e Male-derived butterfly anti-aphrodisiac mediates induced indirect plant defense. PNAS, vol.105
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